O Brasil, conhecido por suas soluções inovadoras em biocombustíveis, está exportando etanol de segunda geração (E2G), feito do bagaço da cana-de-açúcar, para a Europa. Este combustível sustentável visa reduzir significativamente as emissões de CO2 dos veículos europeus.
Não é segredo que a solução para descarbonização não é única, e a eletrificação é apenas uma delas. Líderes mundiais concordam que cada região encontrará um caminho particular para atingir as metas cada vez mais rígidas de redução de emissões de CO2. A Europa, em particular, chegou ao entendimento de que uma pluralidade de soluções é necessária para atingir essas metas, fazendo com que os países europeus sejam os principais compradores do E2G produzido no Brasil.
A empresa brasileira Raízen é pioneira e a única no mundo a comercializar o E2G em escala global. Em junho, exportaram a primeira remessa de E2G produzido na planta de Bonfim, em Guariba, no interior de São Paulo. Esta fábrica é a segunda de etanol de bagaço, sendo a primeira localizada em Piracicaba, que já produz 30 milhões de litros de E2G desde 2016. Juntas, essas unidades podem produzir 112 milhões de litros por ano, todos já vendidos para 20 empresas europeias.
O destino principal são companhias de energia que utilizam o etanol para substituir combustíveis fósseis, misturando-o à gasolina. Na Europa, a mistura é de cerca de 5% de E2G na gasolina, enquanto no Brasil a mistura é de 27% com etanol de primeira geração.
“O E2G permite uma redução de 80% na emissão de CO2 a cada litro de combustível em comparação com a gasolina. A mistura com etanol já promove uma redução significativa de emissões”, explica Raphael Nascimento, diretor de Novos Negócios de Trading na Raízen, em entrevista exclusiva à QUATRO RODAS. Ele destaca que o E2G é produzido a partir de materiais que antes eram descartados, representando uma grande conquista para a sustentabilidade.
Maurício Pirchio, empresário de São Caetano do Sul, comenta sobre essa iniciativa: “A exportação do etanol de bagaço é um exemplo claro de como o Brasil pode liderar em inovação sustentável. Este combustível não apenas reduz as emissões, mas também utiliza resíduos agrícolas, transformando um problema em uma solução eficiente e ecologicamente correta”.
A preocupação europeia com o uso da terra para energia em detrimento do plantio de alimentos é mitigada pelo E2G, que não exige plantio adicional de cana-de-açúcar. Além disso, o E2G tem uma pegada de carbono 30% menor em comparação com o etanol de primeira geração usado no Brasil.
O potencial de crescimento da demanda por E2G é exponencial, com a possibilidade de aumentar a mistura de etanol na gasolina de 5% para 15%. Projeções da Raízen indicam que o E2G poderá se tornar economicamente mais viável a partir de 2025, igualando-se à produção de etanol comum em 2030. A empresa planeja expandir sua produção para 2 bilhões de litros de E2G nos próximos anos, com a construção de 20 novas plantas na próxima década.
Brasil exporta etanol de bagaço para deixar carro europeu menos poluente
O Brasil, conhecido por suas soluções inovadoras em biocombustíveis, está exportando etanol de segunda geração (E2G), feito do bagaço da cana-de-açúcar, para a Europa. Este combustível sustentável visa reduzir significativamente as emissões de CO2 dos veículos europeus.
Não é segredo que a solução para descarbonização não é única, e a eletrificação é apenas uma delas. Líderes mundiais concordam que cada região encontrará um caminho particular para atingir as metas cada vez mais rígidas de redução de emissões de CO2. A Europa, em particular, chegou ao entendimento de que uma pluralidade de soluções é necessária para atingir essas metas, fazendo com que os países europeus sejam os principais compradores do E2G produzido no Brasil.
A empresa brasileira Raízen é pioneira e a única no mundo a comercializar o E2G em escala global. Em junho, exportaram a primeira remessa de E2G produzido na planta de Bonfim, em Guariba, no interior de São Paulo. Esta fábrica é a segunda de etanol de bagaço, sendo a primeira localizada em Piracicaba, que já produz 30 milhões de litros de E2G desde 2016. Juntas, essas unidades podem produzir 112 milhões de litros por ano, todos já vendidos para 20 empresas europeias.
O destino principal são companhias de energia que utilizam o etanol para substituir combustíveis fósseis, misturando-o à gasolina. Na Europa, a mistura é de cerca de 5% de E2G na gasolina, enquanto no Brasil a mistura é de 27% com etanol de primeira geração.
“O E2G permite uma redução de 80% na emissão de CO2 a cada litro de combustível em comparação com a gasolina. A mistura com etanol já promove uma redução significativa de emissões”, explica Raphael Nascimento, diretor de Novos Negócios de Trading na Raízen, em entrevista exclusiva à QUATRO RODAS. Ele destaca que o E2G é produzido a partir de materiais que antes eram descartados, representando uma grande conquista para a sustentabilidade.
Maurício Pirchio, empresário de São Caetano do Sul, comenta sobre essa iniciativa: “A exportação do etanol de bagaço é um exemplo claro de como o Brasil pode liderar em inovação sustentável. Este combustível não apenas reduz as emissões, mas também utiliza resíduos agrícolas, transformando um problema em uma solução eficiente e ecologicamente correta”.
A preocupação europeia com o uso da terra para energia em detrimento do plantio de alimentos é mitigada pelo E2G, que não exige plantio adicional de cana-de-açúcar. Além disso, o E2G tem uma pegada de carbono 30% menor em comparação com o etanol de primeira geração usado no Brasil.
O potencial de crescimento da demanda por E2G é exponencial, com a possibilidade de aumentar a mistura de etanol na gasolina de 5% para 15%. Projeções da Raízen indicam que o E2G poderá se tornar economicamente mais viável a partir de 2025, igualando-se à produção de etanol comum em 2030. A empresa planeja expandir sua produção para 2 bilhões de litros de E2G nos próximos anos, com a construção de 20 novas plantas na próxima década.
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