TJPA 06/08/2021 -Pág. 760 -Diário da Justiça -Tribunal de Justiça do Estado do Pará
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7199/2021 - Sexta-feira, 6 de Agosto de 2021
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Luan morreu em uma chácara próxima, na mesma vicinal, na residência de Rogério; que era local de
passagem de Raifran; (...) que disseram ter sido um único disparo e a testemunha ocular disse que Raifran
queria “terminar o serviço”; que a vítima foi socorrida e não morreu no local, sendo levada ao “Regional”;
que testemunhas disseram que Luan tinha trabalhado para Francisco, sem que tivesse recebido o dinheiro
todo; que disseram que Raifran estava em uma motocicleta e ao entrar na porteira bateu o guidon no
braço de Luan, que teria dito: “vai passar por cima” e começam a discutir e Luan pegou uma pedra, mas
não chegou a arremessar porque não deixaram e Raifran saiu e voltou de três a cinco minutos depois com
uma espingarda.
A testemunha Jeffe Kelpys dos Santos, policial civil, disse que diligenciou no local dos fatos e foi
informado por uma testemunha ocular que Raifran teria sido o autor do disparo de arma de fogo; que essa
pessoa disse que já havia uma rixa entre o acusado e a vítima por causa de uma ex- mulher e uso de
drogas; que no dia dos fatos, essa testemunha disse que Raifran teria tentado passar por cima de Luan
em uma motocicleta e que discutiram e após a vítima teria ido para uma chácara e ficou conversando com
essa testemunha e Raifran foi até a chácara onde morava, pegou uma espingarda e efetuou um disparo
na face de Luan; que a testemunha disse que foi só um disparo de uma espingarda, tipo “por fora”; (...)
que não foi comentado sobre a vítima ter pegado uma pedra para arremessar contra o acusado; que
soube que os dois se relacionavam com a mesma mulher, de nome Jamille, e havia uma pequena rixa por
causa disso; que foi informado que os dois eram muito amigos, antes dessa mulher, e faziam consumo de
maconha juntos.
A testemunha Renan Miranda Arruda de Carvalho Barros, policial civil, disse que recebeu uma
informação de que a vítima Luan foi socorrida, mas foi a óbito e no dia seguinte diligenciou para apurar os
fatos; que uma testemunha disse que Raifran vinha de moto e bateu em Luan com o guidon da moto e
começaram a discutir, a vítima pegou uma pedra, mas não chegou a arremessar; que Raifran seguiu para
a chácara de seu pai e, em torno de três a cinco minutos, “Luan” retornou e efetuou um disparo de arma
de fogo na vítima; que Luan não arremessou a pedra; que Raifran matou Luan em momento posterior,
sendo que discutiram, Raifran retornou de três a cinco minutos e efetuou um disparo na vítima; que
Raifran foi preso inicialmente por estupro; (...) que não se recorda se havia questionamento sobre uma
mulher ou uso de drogas; que confirmou que ambos eram amigos; que Jeff estava na mesma missão que
o depoente; que a vítima já trabalhou para o pai de Raifran, mas não sabe dizer porque deixou de
trabalhar ou manejou reclamação trabalhista.
A testemunha Claudiana Santos Silva afirmou que conhecia Luan e Raifran; que reconhece a pessoa na
tela como Raifran; que conhece o pai de Raifran, pois ele tinha uma chácara perto de onde a depoente
morava antes; que Luan morava na casa de uma pessoa, no lado da casa de Raifran; que ambos não
eram amigos e Luan trabalhava na chácara do pai de Raifran; que estava no local dos fatos, ocorrido à
tarde e Luan estava indo para a casa da depoente e Raifran passou e jogou a moto para cima de Luan e
este disse que “ia passar por cima dele”, Raifran mais a frente parou e pergunto o que “tava falando”,
quando Luan disse que “ia derrubar ele da moto”, quando a depoente disse para o menino ir embora,
pegou na mão de Luan e o levou para casa; que Luan foi para a casa (da depoente) e Raifran foi embora;
que Raifran retornou, após quatro a cinco minutos, com uma arma de fogo; que Raifran tirou a arma da
caixa que tinha na moto e já foi falando para o Luan que ia matar ele porque tinha roubado umas galinhas;
que a depoente estava sentada com seus dois filhos menores e disse “não Rai, aqui não”, foi o tempo de
virar as costas para colocar os filhos para dentro de casa e ele atirou; que foi um disparo, que atingiu o
pescoço, o olho e atrás da cabeça; que Luan foi encaminhado ao Hospital Regional, mas não resistiu; que
Luan tinha um irmão no local; que logo após o ocorrido, procurou seu marido para chamar a esposa e o
irmão de Luan; que após o ocorrido, Raifran fugiu do local, não sabendo como foi preso; que ambos
sempre tiveram pequenas discussões, não sabendo o motivo; que Raifran tinha como desviar de Luan,
jogando a moto de propósito; que Luan pegou uma pedra e foi na direção de Raifran, quando a depoente
pediu para deixar ele ir para casa e não foi jogada a pedra, Raifran foi para casa e já voltou armado; que
Luan não tinha arma de fogo com ele; (...) que a moto de Raifran não chegou a bater em Luan, mas só
jogou a moto para cima; que Luan desviou da moto; que confirmou que Luan pegou a pedra e disse que ia
derrubar Raifran; que Raifran foi para casa e voltou com a arma; que era amiga de Luan e ele sempre ia
na casa da depoente; que não era amiga de Raifran, mas ele já frequentou a casa da depoente e também
(a depoente) foi na casa de Raifran; que nada tinha ouvido falar de mal de Luan ou Raifran; que já ouviu
falar que Luan e Raifran eram amigos e já usaram drogas juntos; que conhece Jamille e Luan já disse que